O perigo dos descontentes
Começo com um sentido obrigado ao nosso Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa que, para além de ser excelente na arte de tirar selfies, também permitiu clarificar a situação política portuguesa. Ah! Parece que afinal, não.
Entramos no pós eleições e estamos numa situação ainda mais confusa, à beira da ingovernabilidade. Como disse o poeta em Hamlet, algo está podre no reino da Dinamarca.
Este quadro de instabilidade não é mais que o fruto do desgoverno da geringonça. António Costa precisava de um vilão para se perpetuar no poder e ajudou a criar um partido que agora não consegue controlar.
O PS, o BE e o PCP foram incompetentes. O povo não está feliz e não se sente representado. Por muito que o repitam, a união da esquerda não trouxe melhoria à qualidade de vida dos portugueses, antes pelo contrário, provando que as suas medidas não funcionam. O que me parece distópico é que, no final do dia, continuem a não ouvir o grito de revolta dos portugueses.
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Quando a insatisfação aumenta, os partidos reaccionários capitalizam, sempre foi assim. O que mudou, foi que neste momento, acabou o período esquerda vs. direita e começou o período descontentes vs. status quo, o que é bastante mais perigoso por ser mais emocional que racional.
Não votei Chega. Nunca votarei Chega. O Chega é um partido que reúne um determinado número de valores que são incompatíveis com a minha visão de uma sociedade........
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