A Noruega como exemplo
Escrevo hoje sobre como podemos e, na minha opinião, devemos, seguir o exemplo de quem faz melhor que nós.
Ao longo de décadas habituámo-nos à má gestão do património público, ao desperdício dos poucos recursos naturais que temos e à péssima gestão de empresas estatais ou com participação do Estado. Numa altura em que discutimos a transição energética e as nossas reservas de lítio, são os atrasos consecutivos dos projectos, as perdas de oportunidade, o nepotismo constante e a corrupção que nos fazem desacreditar numa gestão pública de organizações e alimentam o cépticismo, em especial dos liberais, onde me incluo.
O problema não é necessariamente o Estado, é este Estado, o seu peso e a sua inaptidão. É a falta de regulamentação, de estratégia e a navegação à vista.
Então e se adoptássemos uma estratégia diferente? Antes que o leitor divague em como Portugal não é a Noruega e entremos na eterna discussão de que é melhor ser pobre e ter sol do que rico e ter os invernos Noruegueses, farei uma rápida abordagem a este país nórdico e em especial a maneira como se organizaram na gestão dos seus recursos naturais.
Esquecemo-nos com frequência de que a Noruega pré industrial era um país bastante mais pobre e irrelevante do que Portugal. Sendo um país com alguns recursos naturais, a industrialização do país começou com a exploração de madeira ao qual se seguiu a exploração e produção de alumínio.
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Mais importante que isso, foi a estratégia aplicada na produção de energia hidroeléctrica, recurso muito relevante para o futuro deste........
© Observador
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