Onde começa a verdadeira democracia?
Num país como Portugal, onde a escolaridade obrigatória existe (e espero que continue a existir) e onde a escola pública representa um papel fundamental do Estado na formação dos seus cidadãos, mas também na evolução da sua economia, a resposta que responde ao meu repto inicial é simples na forma: para que haja uma democracia saudável, ampla e ativa no seu papel de gerir os assuntos públicos do país, é preciso existir, desde logo, uma verdadeira Democracia nas escolas, nas universidades, nos politécnicos.
Uma fórmula essencial para que isso aconteça é garantir que praticamente todos os estabelecimentos de ensino em Portugal, possuem órgãos de representação dos estudantes, democraticamente eleitos e geridos concretamente pelos estudantes. Paralelamente, é necessário repensar o nosso ensino e os seus métodos de avaliação, pois considero que estamos a eliminar o pensar diferente, as questões de discordância, as questões políticas das escolas. Os estudantes deixaram de ser tão reivindicativos, por conforto ou pela ilusão do mesmo existir, admito, mas também porque o ensino não procura incutir pensamento crítico, suscitar o debate, e o confronto de ideias é evitado propositadamente. Infelizmente, existe um conjunto de direções das escolas e........
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