“Fisioterapia de encher chouriços “: o sintoma de um sistema
Em Portugal, o modelo de fisioterapia convencionada, comparticipado pelo Serviço Nacional de Saúde e por sistemas complementares como a ADSE, tem sido alvo de críticas cada vez mais contundentes. O que está em causa não é apenas um conjunto de imperfeições ou lapsos administrativos, mas sim a própria estrutura que sustenta estes serviços. Trata-se de um sistema que, em vez de promover cuidados especializados, individualizados, seguros e baseados na evidência, recompensa a velocidade, a quantidade e a execução mecânica de atos clínicos de baixo valor.
Esta realidade produz um paradoxo social profundamente injusto, enquanto quem tem capacidade financeira procura fisioterapia privada, com acompanhamento individualizado, exercício terapêutico estruturado e intervenções ajustadas ao seu caso clínico, quem não tem meios económicos é forçado a contentar-se com tratamentos padronizados, baseados em modalidades ultrapassadas e frequentemente desprovidas de eficácia comprovada. Não estamos perante uma desigualdade subtil, estamos perante uma clivagem evidente entre dois modelos de cuidados, onde o estatuto económico determina, na prática, o acesso à verdadeira fisioterapia.
A chamada “fisioterapia de encher chouriços” não é um........





















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