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"From the river to the sea"

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05.02.2024

Num vídeo que por aí anda, Noa Tishby, actriz, modelo e directora israelita, entrevista jovens manifestantes numa concentração pela “causa palestiniana”, e a favor de um cessar-fogo. A manifestação em causa teve lugar nos últimos dias de Janeiro, no Sundance Film Festival, Utah, e é representativa das manifestações similares que temos visto em várias cidades da Europa e América do Norte.

Os manifestantes debitam slogans a plenos pulmões, aparentemente muito convictos e indignados. “Palestina will be free, from the river to the sea”, ouve-se urbi et orbi, e lê-se em vários cartazes. Que rio e que mar?, pergunta a entrevistadora?

Um deles adopta instantaneamente a expressão envergonhada de uma criança apanhada a roubar rebuçados do boião: “Ahhh… esqueci o nome do rio, mas o mar é o Vermelho”. A ignorância fica exposta: na verdade o rio é o Jordão e o mar é o Mediterrâneo. A terra entre os dois é Israel, pelo que este slogan advoga explicitamente a destruição de Israel. O rapaz não se detêm, jura que a “ocupação é ilegal” e que os israelitas não deixam sequer entrar chocolate e vestidos de noiva em Gaza. Termina dizendo que Israel devia ser “dissolvido”.

Uma jovem de capucho vermelho, empunhando um cartaz, responde, com ar comprometido, que se trata do Mar Negro e o rio é “do outro lado de Gaza”. Basta olhar para um mapa para perceber que não há nenhum rio “do outro lado de Gaza” e que o Mar Negro é muito, muito para Norte. O cartaz? Não sabe do conteúdo, foi alguém que lho deu para empunhar. Mas enfatiza que apoia a libertação do território entre o Mar Negro e o rio do outro lado de Gaza. Da “ocupação”, faz questão de sublinhar, novamente afoita. Parece satisfeita. Turcos, sírios, libaneses e israelitas, provavelmente também, pela oportunidade de uma boa gargalhada

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Sobre as violações de judias no 07 de Outubro, diz que ouviu umas coisas mas que nada está confirmado. Outra interrompe uma rajada de slogans sobre genocídio para responder à pergunta da jornalista sobre uns tais reféns do Hamas. Diz que não sabe nada sobre isso mas que a “ocupação é ilegal”.

Uma mulher madura, com idade para ter juízo, extremamente indignada e aparentemente sob a influência de substâncias retardantes, garante que é genocídio e que o Hamas nem sequer está em Gaza, mas sim os judeus. Não sabe se há reféns em Gaza. Nem quer saber, presume-se! A excitada manifestante, atrás de um cartaz gigantesco, foge às respostas berrando freneticamente “cessar-fogo, já”, tal como uma devota beata foge de ouvir blasfémias, repetindo com fervor uma litania.

E fazendo por ignorar que a sua “exigência” é justamente o que pretende neste momento o Hamas, o Irão e a constelação de terroristas que têm como objectivo a destruição de Israel e a morte dos........

© Observador


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