Crónica dos “feitos” da Guiné
A Guiné, se não fosse uma tragédia, era uma comédia. Pensando bem, desde que foram inventadas pelos mestres do teatro grego, que ambas se tocam, revelando, muitas vezes, o absurdo da condição humana.
Na Guiné, as condições das populações são, desde há muito, desumanas. A violência grassa praticamente sem cessar desde 1963, quando o libertador PAIGC deu o tiro de partida com o ataque ao posto Tite, no sul do país, iniciando a guerra colonial no território.
Dos três cenários de conflito que os portugueses enfrentaram durante grande parte da década de 60 e primeira metade da de 70, a Guiné foi claramente o mais violento. Tanto assim que chegou a haver uma corrente que defendia que se devia deixar cair a Guiné, uma vez que o sacrifício versus benefício não compensava. Mas, para a linha dura do regime, a África Portuguesa funcionava como um todo indivisível e indissolúvel. Para precedente já bastava a queda de Goa, em Dezembro de 1961, mas esta havia-se dado num contexto e numa geografia totalmente distintos.
Os guerrilheiros do PAIGC, com uma rectaguarda fortíssima em termos logísticos proporcionada pela vizinha de Conacri, movendo-se em reduzidas unidades, muitas delas constituídas por não mais de uma dúzia de homens, com grande conhecimento do terreno – o território é um labirinto de cursos de água – emboscavam o inimigo com uma simplicidade de processos que a todos espantava.
Neste Vietname português a taxa de baixas em combate, em termos proporcionais, foi muito superior à de Angola........





















Toi Staff
Sabine Sterk
Penny S. Tee
Gideon Levy
Waka Ikeda
Grant Arthur Gochin
Daniel Orenstein
Beth Kuhel