Pela porta das traseiras
O Reino Unido é, na Europa, o país onde o wokismo é mais visível, mais contundente e absurdo nos seus exageros. O que nesta área lá se passa é, por um lado, excepcional, pelo peso desmesurado que os woke lá têm, mas, por outro lado, é um farol ou um aviso do que, ainda que de forma mais atenuada e protelada no tempo, poderá vir a passar-se noutros países da Europa Ocidental.
Vem este preâmbulo a propósito do seguinte: há mais de 20 anos que activistas woke, tanto a título individual como associados em organizações — nomeadamente a Caricom, que agrupa 15 países das Caraíbas —, pressionam o governo de Londres para que peça oficialmente desculpa pelo envolvimento britânico na escravatura e para que pague reparações por esse facto. Londres continua a não dar ouvidos a esse tipo de pressões. Inquirido no Parlamento, o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak recusou frontalmente o pedido de desculpas e, evidentemente, as eventuais reparações.
Mas enquanto o governo britânico resiste muito compreensível e adequadamente à pressão e à chantagem moral que os acólitos do wokismo exercem sobre o país, há várias entidades e cidadãos(ãs) britânicos(as) a pôr a corda ao pescoço, a vestir o hábito de penitente e a ceder jubilosamente a essa pressão e chantagem. Em Fevereiro de 2023, uma conhecida pivô e jornalista da BBC, tornou público que iria doar 100 mil libras para projectos comunitários na ilha de Granada como forma de reparação pela ligação de remotos........
© Observador
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