Mais um engano, mais uma mentira
Cristina Roldão tem manifesta tendência para subscrever e difundir tudo o que possa servir para denegrir a imagem do Portugal dos tempos coloniais. Os portugueses foram os maiores negreiros da era colonial? Cristina Roldão rejubila com isso — quanto pior melhor — e reforça a dose. Em vez dos 4,5 milhões de escravos que o país efectivamente levou, à sua reponsabilidade política, para a colónia do Brasil através do Atlântico, atribui-lhe 6 milhões. Avisada por diversas vezes de que esse número estava errado e resultava duma tendenciosa soma dos quantitativos de Portugal e do Brasil já independente, e já senhor das suas opções políticas, Cristina Roldão continuou teimosamente a insistir no erro.
No debate que recentemente tivemos na RTP1 também caiu por duas vezes em erros, que aqui não irei referir nem corrigir porque o debate teve o seu próprio espaço e tempo. Fez-se, está feito. Mas no artigo que escreveu no Público, logo na ressaca desse debate, e no qual se insurge contra a resistência portuguesa a aceitar reparações — e anseia por uma salvífica directiva europeia ou da CPLP que venha forçar Portugal a aceitá-las —, Cristina Roldão voltou a transmitir ideias completamente erradas e tendentes a apoucar a memória que o país tem do seu passado. Escreveu, a respeito da demora ou relutância dos actuais portugueses em aceitar as referidas reparações, que tudo isso lhe faz lembrar uma história já vista quando “Portugal foi obrigado (sic) a abolir a escravatura”. Ora........
© Observador
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