A Fé e a Razão
“Quem corre por gosto não cansa”, todos sabemos. Vem isto a propósito de S. Francisco de Assis grande inspiração deste Papa, cuja Memória se celebrou há duas semanas. Naquele dia no Mercado, o filho do rico comerciante não correu sem norte atrás do mendigo, a quem deu tudo o que tinha. Identifico-me nesse gesto. E regozijo-me que haja um santo apressado, e mais, todos o são, a começar por Maria de Nazaré, que correu apressadamente a visitar a prima, mal soube pelo anjo que lhe apareceu que Isabel se encontrava já em fase adiantada de gestação. Afinal as minhas pressas são boas.
Importa por isso distinguir entre pressa e velocidade. E disto trato aqui hoje, não deixando de passar por um livro sobre a ciência, há pouco traduzido entre nós, que nos diz que Deus existe – isto apesar de há 4 décadas atrás a ideia de que universo era eterno ainda era a moeda corrente.
O Big Bang aconteceu, e isso obriga a uma revolução no pensar, obriga a pensar que o universo foi criado, e que portanto é a própria razão a “exigir” a fé; ou dito de outra forma, “a fé é um acto da razão”, é a abertura a uma dimensão que a transcende.
Mas comecemos pela pressa de Francisco. Não........
© Observador
visit website