Ser de esquerda é...
Nos anos setenta havia uma coleção de cromos, daqueles que ainda não eram sequer autocolantes, chamada “O amor é…”, de que as raparigas (essa categoria cancelada pelo wokismo) gostavam. Cada cromo apresentava um atributo do que devia ser o amor. “Amor é levantar-me primeiro para lhe fazer o café”, por exemplo. As personagens eram um casal, uma variante urbana de Adão e Eva, já que frequentemente se apresentavam nuas, sem parra, de que aliás não tinham necessidade uma vez que, por estranha opção ética e estética, careciam de partes pudendas.
Também o Bloco de Esquerda, como tem “esquerda” no nome, faz há décadas um esforço sistemático para definir o que significa a palavra, numa senda orwelliana de manipulação da linguagem. “O teu lado esquerdo: justo, solidário, insubmisso”, dizia um cartaz de há meses, curiosamente com o lado direito de uma face, só esquerda para quem........
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