Umas eleições europeias à medida do CH (e da IL)
Sem a pressão do voto útil para derrotar o PS e considerando que as eleições europeias são habitualmente uma ocasião privilegiada para a expressão de voto de protesto, no próximo dia 9 de Junho o CH tem fortes possibilidades de conseguir o seu melhor resultado eleitoral de sempre e – talvez – concorrer seriamente pela vitória – ou pelo menos para ficar à frente da AD, o que seria em si mesmo um pequeno terramoto no sistema partidário português.
Com uma magríssima vitória eleitoral nas legislativas e um empate em número de deputados entre PSD e PS, a margem de Montenegro para erros era escassa e este início não tem sido o melhor, com uma série de erros não forçados. O processo para a eleição do Presidente da Assembleia da República foi, no mínimo, atabalhoado e causou um desgaste absolutamente desnecessário por inabilidade política do PSD. A escolha de Secretários de Estado revelou grandes dificuldades de recrutamento, dificuldades essas que, sendo compreensíveis na actual conjuntura, não deixam ainda assim de fragilizar o Governo. Depois, algumas más escolhas de assessores, ainda que materialmente não muito relevantes, minaram adicionalmente a credibilidade do executivo.........
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