Informação diferenciada, público qualificado
A desvantagem de escrever no dia em que sai a crónica do Rui Ramos é que, se o tema coincide, o essencial ficou esgotado. Resta-me, que remédio, o acessório. Esta semana, a crónica do Rui chama-se, e versa, “Políticos e comentadores”. Como “prefiro”, no sentido científico do termo, os que saem do primeiro ofício para o segundo, despacho num parágrafo os que saem do segundo ofício para o primeiro. Segue-se o parágrafo.
Comentadores que “sobem” – estranha ideia – a políticos deixam uma impressão de que tudo o que diziam na carreira anterior não era necessariamente o que pensavam e sim o que favorecia as hipóteses de “promoção” à carreira com que no fundo sonhavam. Em abundantes casos, que não se esgotam no cidadão que teoricamente desempenha as funções de presidente da República, não é apenas uma impressão. O único mérito é que o prof. Marcelo dispensou intermediários e foi logo directamente aos eleitores. O normal é ver “comentadores” que passam anos a bajular determinado partido ou amo até que o partido ou o amo os convoque para um cargo qualquer. E há “comentadores” que nunca chegam a ser convocados, mesmo que troquem de partido e de amo, e por muito que carreguem na vassalagem a todos. Cada um expõe-se às figuras........
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