Estado de guerra
Através do convite de um amigo, aceitei participar de um bate-papo (uma live, cara a cara) com um jovem policial militar. Ele entrou para a corporação movido por idealismo; é daqueles raros cidadãos que acreditam poder contribuir para um mundo melhor. Hoje, sob licença médica, cura-se de um burnout – nome novo para esgotamento físico mental – e aproveitou a chance para desabafar sobre as agruras da profissão. A partir da conversa informal, reproduzo trechos da rotina do rapaz, preservando sua identidade e denominando-o “Nelson”.
Nelson acorda pontualmente às 5h. Dá uma beijoca na Jussara (nome também fictício), sua mulher; vai ao banheiro, toma a chuveirada. Em seguida, assenta-se à mesa para o modesto café com pão, comentando com a patroa as expectativas para o jogo de domingo. Ela, Flamengo. Ele, Botafogo. Volta e meia dá briguinha, provocações, piadinhas que terminam na troca de carinhos e........
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