Ministério e Justiça
Estive vários dias fora, e regresso quando o Governo toma posse e se sucedem as habituais listas de tarefas, desafios e problemas e as avaliações e apostas sobre ministros, et cetera. Tudo bem, é costume, não vem mal ao mundo, embora nestes momentos falte sempre pelo menos uma coisa, que especialmente nos tempos que correm se impõe: olhar para cada pessoa que aceita um cargo num Governo com um misto de perplexidade e de admiração, sobretudo quando se trata de pessoas que têm vida e valor para além de estarem ministros (e neste Governo por exemplo vejo muitos assim).
Perplexidade e admiração porque, não só não é nada fácil ser ministro, e é trabalhoso e mal remunerado (aliás, à semelhança de praticamente todos os cargos públicos em Portugal), como sobretudo significa estar sujeito à suspeita constante e, não raras vezes, ao enxovalho, e às vezes ainda mal se colocou o pé no Ministério. Por muitas razões, chegámos a um tempo em que ser governante não é currículo, é cadastro (e pagaremos caro por........
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