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É fartar, ó vilanagem

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19.11.2025

Em 1993, Paulo Mendo, então diretor do Hospital de Santo António, no Porto, publicou no Jornal de Notícias um artigo com este título – É fartar, ó vilanagem. Nele denunciava – com coragem e ironia – o coro de ataques de que os hospitais portugueses e o ministro da Saúde da época, Arlindo de Carvalho, eram alvo por tentarem reformar o Serviço Nacional de Saúde e obrigar médicos recém-especialistas a exercer no interior durante os primeiros anos de carreira.

Três décadas volvidas, a história repete-se: mudam os protagonistas, mas persistem as mesmas resistências e os mesmos reflexos.

Desde o início da democracia, cada tentativa de modernizar e racionalizar o SNS foi recebida com desconfiança e ruído. Sempre que um ministro procurou reformar, ergueram-se barricadas em nome de uma suposta defesa do serviço público – quase sempre, porém, para proteger posições consolidadas. O que é novo é apenas a........

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