O relógio que não gosta que eu durma
Sempre tive um fascínio por relógios. Com o primeiro ordenado que ganhei (como estagiário no ateliê do arquiteto Manuel Tainha) comprei um relógio. Era um Omega Chronostop, um modelo desportivo de mostrador e pulseira de cor verde, com cronómetro, comprado – imagine-se – numa ourivesaria em Seia, quando estava lá a acampar com o meu pai e os meus dois irmãos.
Já namorava aquele relógio há algum tempo – e quando o vi na montra daquela loja não pensei duas vezes.
Tive esse relógio durante muito tempo – até o meu filho mais novo, o Zé, o cobiçar com sucesso. Julgo que ainda o tem e ainda trabalha.
Depois desse Omega, o relógio que mais me entusiasmou foi um Longines Dolce Vita, também um modelo desportivo, de mostrador retangular. Não era barato – e, quando o pensei comprar, tinha viagem marcada para Tóquio, pelo que decidi esperar. Lá poderia haver outro que me encantasse. Isso não aconteceu, mas acabei por descobrir um modelo muito parecido, bastante mais barato.
Já deveria saber naquela altura que, quando estamos fixados num objeto, é um erro comprarmos um ‘sucedâneo’. Arrependemo-nos sempre. Ainda por........
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