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A culpa da invasão da Ucrânia foi de Trump?

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21.11.2024

Ainda não estavam garantidos oficialmente os 270 votos do Colégio Eleitoral, mas o resultado antevia já uma esmagadora vitória de Donald Trump, e os líderes políticos mundiais apressavam-se a enviar entusiásticas e calorosas mensagens de felicitações e a expressar uma vontade de estreita colaboração.
Os mesmos que, na sua enorme maioria, tinham manifestado os enormes ‘receios’ de que essa opção do eleitorado americano representaria um sério retrocesso para a democracia mundial, para o Estado de Direito, para o combate às alterações climáticas, para os direitos das mulheres, para a liberdade de imprensa, etc., etc.
Para a grande maioria, publicamente ‘apoiantes’ de Kamala Harris, era quase o regresso à Idade da Pedra, ou, pelo menos, ao obscurantismo da Idade Média. Na Europa, acordados estremunhados e sobressaltados com a nova realidade além-Atlântico, assistimos a uma colagem hipócrita ao vencedor! E vão-se empurrar para ficarem mais próximos dele na primeira oportunidade duma foto! Com o tal que, ainda na véspera, encarnava todo o mal! Nada de novo, na verdade. Mais um passo no desacreditar da classe política! Uma pesquisa no Dr. Google do que disseram nos últimos tempos deixará qualquer um estarrecido.
E agora, que esperar do amanhã?
Comecemos pela América. O que é muito relevante porque é tudo o que o importa para Trump: MAGA, ‘Make America Great Again’! Ou ‘America First’! Pouco dado a estudos e leituras, ou tão só a ouvir Conselheiros, mas homem determinado, de fortes convicções, palavroso, espontâneo e impulsivo, intuitivo como poucos, tem uma tarefa enorme à sua frente e a consciência de que quer deixar um legado e, acima de tudo, um novo Partido Republicano. E que, por força da Constituição dos Estados Unidos, só dispõe de um curto mandato de 4 anos para essa transformação. Não tem tempo a perder. Dispõe duma conjuntura política favorável que não ocorria desde Obama, com maiorias no Senado e na Câmara dos Representantes. O povo americano deu-lhe essa maioria porque quer uma mudança radical! Se não tinha votado Kamala Harris, que fingiria que mudaria algo mas para que ficasse tudo na mesma.
Os seus compatriotas confiavam bem mais nele que na sua adversária........

© Jornal SOL


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