Situacionista, é o Portugal que não deixámos de ser
1. Ao contrário do que se ouve dizer, não somos um ‘Portugal socialista’. Como antes não fomos ‘um Portugal cavaquista’, ou um dia depois de se manifestar apoteoticamente marcelista no Estado Nacional, houve um ‘Portugal comunista’; nem mesmo quarenta anos antes o que podia dizer um ‘Portugal salazarista’. Nem ‘Portugal republicano’ costista, nem monárquico, liberal ou miguelista.
O que Portugal foi durante séculos e continuou a ser depois do 25 de Abril, na sua natureza ou cultura mais entranhada e resistente, é situacionista. Com os últimos Governos deste socialismo, pela sua exímia arte de caçar votos sem escrúpulos, de um situacionismo ainda mais ignorante, cego, submisso, intolerante, fanático.
2. Nasci e cresci no situacionismo salazarista. Distingo, pois, as diferenças desse situacionismo e do situacionismo que com nuances fomos tendo depois de Abril. Diferenças que com este situacionismo de António Costa cada vez parecem ser menos substanciais e cada vez mais apenas formais. Um situacionismo do qual........
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