A social-democracia aborrece
A França está irremediavelmente dividida ao meio. O Centro foi esmagado entre a extrema-esquerda e a extrema direita. Macron falhou redondamente o seu ‘Ensemble’. Simplesmente, os franceses não querem estar ‘ensemble. A Democracia é muito bonita mas não enche os bolsos, e a Liberdade, no fundo e em essência, para a maioria conta pouco. Ou seja: conta pouco o que de mais precioso a Democracia – e só a Democracia – nos pode dar. Para levar horas a ver jogos de futebol na Televisão ou telenovelas ou crimes passionais; para passar os fins de semana a ver as montras nos centros comerciais; para ir para as praias e comer sardinhadas na Caparica; para sofrer num encontro entre o Sporting e o Benfica – para nada disto e muito mais do género não é preciso Liberdade. A Liberdade interessa a uma elite de políticos e intelectuais que, por necessidade uns e por vocação outros, precisam de se instruir, de pensar, de se exprimir, lendo, falando ou escrevendo. A verdadeira Liberdade não interessa a mais ninguém. Resta, portanto, a Democracia.
Porém, o que esta tem para oferecer é imenso. Não é apenas nem sobretudo as eleições em intervalos regulares. Mas já........
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