Um espectro ameaça a Europa e transborda para o lado de lá do Atlântico: o do crescimento imparável da extrema-direita antidemocrática, nacionalista, racista, inculta e grosseira. Não é apenas uma deriva política, mas sim civilizacional. Um sinal de tempos que representam o triunfo de uma incultura de massas assente na boçalidade do “debate” fomentado nas redes so­ciais, captado e orientado politicamente pelos algoritmos dos “big brothers” ocultos e por uma orgulhosa ignorância havida como conhecimento, dispensando tudo o resto: a leitura, a informação séria, a reflexão, a conversa com o outro, a procura de respostas por si mesmo. São tempos negros cujas razões vêm não sabemos dizer ao certo de onde nem porquê e que nos deixam — aos que acreditamos na outra forma de ver e de viver as coisas — ou à toa, sem saber como enfrentar este inimigo viscoso no meio de nós, ou prostrados de incredulidade e desesperança.

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O que fazer?

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27.01.2024

Um espectro ameaça a Europa e transborda para o lado de lá do Atlântico: o do crescimento imparável da extrema-direita antidemocrática, nacionalista, racista, inculta e grosseira. Não é apenas uma deriva política, mas sim civilizacional. Um sinal de tempos que representam o triunfo de uma incultura........

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