O homem da guerra morreu
Ele nasceu há 100 anos na Alemanha, fugiu de lá perseguido pelo nazismo. Acolhido como cidadão norte-americano, serviu como soldado na 2ª Guerra Mundial e voltou ao país que o expulsou para ocupá-lo com as forças aliadas. A fascinante, polêmica e verdadeiramente ativa vida do diplomata Henry Kissinger terminou quinta-feira passada em Connecticut, EUA. E como ele sempre previu, e até ajudou a torná-lo assim, com o mundo em permanente desordem e desarmonia entre povos e nações.
Kissinger recebeu o mais contestado e precipitado Prêmio Nobel da Paz por uma guerra que não tinha acabado. Dividiu com o Comitê Norueguês, que o concede, o constrangimento internacional de ver Le Duc Tho não aceitar a honraria, único indicado até hoje a recusar o prêmio. O líder vietnamita considerou incompletos e insuficientes os Acordos de Paris que previam terminar a guerra e restaurar a paz no Vietnã.
Secretário de Estado, Embaixador, aconselhador, formal e informal de presidentes norte-americanos por mais de 70 anos, tinha uma visão da ordem internacional muito própria, convergente para um lado, divergente para outro. Na América Latina deixa triste........
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