Jerusalém, e escassez e a nossa história
Parte da Jerusalém antiga, em Israel
A história da humanidade não é uma linha, mas um feixe de linhas interligadas, conectadas por múltiplos, infinitos pontos cada uma. Acontecimentos numa linha reverberam nas demais e, de alguma forma, definem o tempo e influenciam outras histórias, outras culturas e outros lugares.
Somos, portanto, não apenas habitantes de uma mesma nave-mãe, mas do mesmo feixe de acontecimentos históricos, com aspectos culturais intercambiados, cedidos, recebidos, reprocessados e redistribuídos.
Duas pessoas de locais muito distantes podem parecer diferentes num primeiro momento, mas um olhar mais detalhado para as outras localidades existentes entre esses pontos muito distantes vai revelar matizes que compõem uma espécie de degradê que explicam (ou anulam) as diferenças físicas aparentes.
O mesmo vale para as culturas, e faz todo o sentido: a não ser que o ser humano fosse imóvel como uma estátua, as culturas originais jamais se manteriam estanques e intactas, sem se misturar entre si (apenas países totalmente fechados, regidos pela força e ilhados do mundo, conseguem manter sua própria história "preservada" de "interferências" externas).
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Mas, se as culturas e as diferenças vão se intercambiando com o tempo, as cidades parecem manter a essência intacta até o século XX, variando mais em escala, tamanho de sua população, infraestrutura, adequação ao clima e particularidades culturais e religiosas locais, do que na forma de organização.
De uma forma geral, se originam a partir das instituições de poder (governo e religião) local, compactas, quase sempre muradas até o século XIX, quando vem a revolução industrial e uma gigantesca necessidade de expansão em curto espaço de tempo........
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