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Carlos Prates, um presente para o futuro de Belo Horizonte

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11.03.2024

Vista aérea do Aeroporto Carlos Prates

Todo prefeito, todo gestor municipal, todo urbanista, sabe que a coisa mais escassa numa cidade é o espaço, é a disponibilidade de áreas. Quase todo novo projeto, toda intervenção e qualquer plano de melhoria esbarra na falta de espaço.

Falta espaço para novas avenidas, para edifícios institucionais, para equipamentos urbanos e, mais difícil ainda, para praças, parques e áreas verdes.

O que, outrora, pertenceu ao Estado (ou ao Rei) já foi ocupado ou teve destino, e o que é privado custa, atualmente, caro demais para uma desapropriação na quantidade necessária.

Não é que o poder público não tenha pensado nisso, mas quando considerou (nos projetos urbanos), pensou num horizonte de tempo pequeno demais, muitas vezes mal antecipando necessidades de 20 anos à frente, um “suspiro” no tempo de uma cidade.

O maior feito urbanístico de Nova Iorque não são a sua rede de metrô ou os arranha-céus, mas o Central Park, uma área verde de 340 hectares (3,4 milhões de metros quadrados) praticamente intocada ao longo de um século, preservando mais de 90% de seu perímetro original.

Existem parques urbanos maiores, por certo, mas estão nas bordas das cidades, incorporando áreas de preservação e vegetação nativa, quase como um reserva natural ponteada com algum acesso e uso limitado.

O Central Park, ao contrário, fica bem no centro da ilha de Manhattan, ladeado por bairros, absoluta e totalmente inserido e amalgamado com o tecido urbano e a vida da cidade.

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