menu_open
Columnists Actual . Favourites . Archive
We use cookies to provide some features and experiences in QOSHE

More information  .  Close
Aa Aa Aa
- A +

Buenos Aires, e o que nos falta

5 9
04.03.2024

Rua de Buenos Aires, com prédio antigo e conservado e loja na fachada, com aproveitamento completo do terreno

Lendo a história da Argentina e a da criação da capital, Buenos Aires, me dou conta que, à parte dos nomes e sobrenomes envolvidos, é em quase tudo muito parecida com a de todos os outros países sul americanos, e suas principais cidades.

Começa sempre com “fulano, liderando uma esquadra de caravelas em nome do Rei espanhol/português aportou na baía/ilha” e prossegue com “encontrou os nativos que o receberam, espantadíssimos, com coroas de flores ou flechas”.

Seguem as artimanhas (“viemos em paz” e “aceito um espelho em troca por metade do continente”), rapidamente superadas pela dominação e conquista do território, e pela conversão religiosa forçada.

A partir daí, é uma enciclopédia de nomes espanhóis e portugueses se sucedendo em governos provisórios, vice-reinados, golpes, contra-golpes, levantes, juntas, conselhos, e sucessões, muitas sucessões, sobretudo após o século XVIII, quando o comércio já se encontra estabelecido com alguma regularidade, e a economia começa a se tornar relevante para a Europa.

Leia mais

  • 22/01/2024 - 00:00 Eu não sou mágico… sou o prefeito de Belo Horizonte
  • 19/02/2024 - 06:00 Nada é mais barato que um museu
  • 26/02/2024 - 06:00 Assim assim, ou assim assado

A partir desse momento, os sobrenomes começam a se repetir e a se perpetuar nas histórias política e comercial, ainda hoje lembradas em avenidas, escolas, aeroportos, portos, hotéis, instituições públicas e privadas.


As histórias do novo mundo, aqui na América do Sul (e na América Central e Caribe, muito possivelmente), são como as “novelas de época”: rebuscadas e coloridas em excesso, mas em geral com enredos muito fraquinhos, meio ridículos e caracterizados por traições, golpes baixos e, em geral, muita pompa, mas pouca escola, pouco incentivo à cultura, pouco empreendedorismo e........

© Estado de Minas


Get it on Google Play