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Comprou, parcelou, perdeu o limite: o efeito invisível do cartão de crédito

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Por Isabel Gonçalves

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A compra era simples. No caixa, cartão na mão e a tranquilidade de quem sabe que ainda é começo de mês. Mas a tela respondeu seco: transação negada. Sem aviso, sem alerta prévio, sem explicação imediata. A resposta veio um tempo depois, o limite do cartão já estava todo comprometido.

Essa cena está cada vez mais comum e quase nunca tem a ver com fraude ou erro do sistema. Na maioria das vezes, o problema está bem ali, escondido em parcelas antigas e decisões tomadas no automático quando o caixa perguntou: “quer dividir?”. O parcelamento no cartão de crédito virou hábito e, para muitos, uma extensão da renda mensal. Só que o custo desse conforto costuma aparecer antes do que a gente imagina. 

O parcelamento no cartão de crédito parece inofensivo, quase automático, mas costuma enganar muita gente. Quando você parcela uma compra, não está só “facilitando o pagamento”. Na prática, está assumindo uma dívida que vai acompanhar você por vários meses.

Na prática: 

O banco reserva o valor total da compra, não apenas a parcela.

Seu limite disponível diminui imediatamente pelo montante integral.

O limite só é liberado gradualmente à medida que as parcelas são pagas

Funciona assim: mesmo que só a primeira parcela apareça na fatura, o valor total da compra já fica preso no limite do cartão. Um produto de R$1.200 em 12 vezes não compromete só os R$100 do mês. Os outros R$1.100 continuam lá, ocupando espaço, até a........

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