Um ano do ataque contra Israel: o que não aprendemos aqui
O olhar enviesado impede a visão nítida
Nesta segunda, 7 de dezembro de 2024, fez um ano do fatídico sábado em que membros do Hamas invadiram o território de Israel a assassinaram de forma brutal centenas de inocentes. Além das vítimas fatais, tantos outros ainda foram feitos de reféns, estando alguns até hoje em cárcere; outros foram mortos, e uns poucos, resgatados.
A resposta de Israel contra Gaza foi avassaladora e permanece em curso até hoje. Entretanto, hoje eu não quero discutir o conflito em si, até porque já me posicionei em outra oportunidade, de modo que me interessam alguns pontos que nos tocam aqui no Brasil.
O primeiro deles é o fato de que esta história é muito mais antiga do que a gente costuma imaginar, e me chama bastante atenção a capacidade que temos de desconsiderar o poder da história. Recentemente vi que historiadores são os profissionais com o maior índice de desemprego no país, beirando os 40%.
É uma cifra triste e que mostra nosso desprezo com nossa própria história (imagine em relação à história do mundo). Países que têm um apego muito forte à própria história e que investem na preservação desta história, como França, Alemanha e Itália, para citar poucos, já convivem com desafios de barrar retrocessos históricos (como o retorno do nazismo).
O cenário, obviamente, fica mais conturbado em terras tupiniquins, onde muito pouco se sabe, de maneira geral, sobre acontecimentos fundamentais da formação do nosso país e do nosso povo. Recentemente, comemoramos o bicentenário da primeira Constituição do Brasil, a Constituição Imperial de 1824, e simplesmente ninguém falou nada!
Não houve qualquer movimento por parte do estado ou qualquer iniciativa privada para reforçar a memória do primeiro movimento constitucional brasileiro, fruto da nossa independência de 1822. Ainda que capenga, com todas as nossas peculiares tribulações, é algo cujas consequências refletem até hoje em nossas........
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