Rio: esse lindo mistério
O meu sotaque de moleque de Ibiá me denunciava, por mais que eu tentasse encher a boca de chocalho de cascavel para falar
Vou ao Rio de Janeiro desde os meus primeiros anos de vida. Em coluna anterior, Sr. Di, relatei as minhas noites maldormidas na casa de minha madrinha, devido ao ploc-tiploc do tamanco das mulatas que frequentavam a casa do Sr. Di Cavalcanti, vizinho de cima dela na Rua do Catete.
Ainda pré-adolescente, década de 1970, passei longos períodos de férias na Rua Siqueira Campos, em Copacabana, no apartamento da Tia Manoelita, que meu irmão alugava para trabalhar no Ministério da Fazenda. Batia pelada de manhã e à tarde com uma galera na praia, que já me conhecia pelo nome: Mineirinho. O meu sotaque de moleque de Ibiá me denunciava, por mais que eu tentasse encher a boca de chocalho de cascavel para falar. Era ridículo.
Aprendi a pegar jacaré e levar caldo com dignidade nas ondas violentas de Copacabana. Às vezes, o calção ia parar no dedão do pé e a........
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