Puerpério: amor, angústia e dor
Interessante como uma cena de um filme pode desbloquear vivências que fizemos de tudo para esquecer. Foram 5 minutos de filme e eu precisei sair da sala tamanha a angústia que se abateu em mim. A angústia do puerpério estava ali, presente, 15 anos depois. Foi como se a cena tivesse me arremessado para dentro daquele buraco que eu insistia em fingir que nunca existiu.
Lembro-me do meu maior medo e meu maior desejo no último mês de gestação: ter meu filho nos meus braços. Era o maior medo porque, enquanto ele estava na minha barriga, eu tinha controle de quase tudo. Mas eu também teria o prazer de ver aquela carinha, de amamentar, de tê-lo no meu colo, além de poder voltar a dormir sem aquela falta de posição provocada pelo pequeno inquilino que ocupava meu útero há 39 semanas. Maternidade é essa........
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