O poder da comunicação bolsonarista na manutenção da direita e na oposição ao governo
Chegamos ao fim do ano praticamente como começamos, com o Brasil marcado por uma polarização cristalizada, dividido em dois polos opostos praticamente de igual tamanho.
Com 12 meses de governo, a percepção sobre a gestão Lula segue amplamente moldada pela ideologia de cada observador. Esse fenômeno maniqueísta é emblemático nos tempos acalorados de conflitos políticos que atravessamos.
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Mas chama a atenção como a oposição tem conseguido manter um nível de comunicação equivalente ao do governo, mesmo sem ocupar a cadeira presidencial ou cargos de destaque nomeados pelo Executivo. As mensagens da direita se propagam de maneira extensa, desconstruindo de forma minuciosa, entre seus adeptos, cada uma das ações de Lula.
Para entender melhor o funcionamento da comunicação bolsonarista enquanto oposição, analisamos as postagens do canal de Jair Bolsonaro, no Telegram, feitas entre os dias 1º e 28 de dezembro.
Foram, ao todo, 84 publicações, o que indica uma média de três posts por dia. O canal conta com 1,8 milhão de inscritos e, além de propagar conteúdo próprio, muitas vezes compartilha informações de políticos aliados, sobretudo dos próprios Bolsonaro, nomeadamente Eduardo, Flávio e Carlos, além de aliados de primeira hora do bolsonarismo, como os deputados federais Mário Frias e Delegado Alexandre Ramagem, e os deputados estaduais Carmelo Neto, do Ceará, e Bruno Engler, de Minas Gerais.
A crítica à mídia tradicional é uma constante. Alegações de disseminação de........
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