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Uma greve geral sem consenso

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18.12.2025

A greve geral convocada pela UGT e pela CGTP contra o Anteprojeto Trabalho XXI gerou menor consenso entre os trabalhadores, revelando uma desconexão difícil de ignorar entre o objeto do protesto e os principais protagonistas.

Convém sublinhar um facto essencial: o Trabalho XXI dirige-se fundamentalmente ao setor privado. Trata-se de um conjunto de propostas que pretende rever regras do mercado de trabalho privado, num contexto de transformação económica, digital e demográfica. No entanto, a greve teve um impacto predominante no setor público, onde se concentram os sindicatos mais mobilizados e onde os efeitos da paralisação foram mais visíveis — transportes, escolas, serviços administrativos e saúde. Para muitos cidadãos, sobretudo trabalhadores do setor privado, esta discrepância tornou a greve difícil de compreender.

A posição oficial da UGT enumera um vasto conjunto de críticas: o alargamento dos contratos a prazo e da contratação precária, o regresso do banco de horas individual, a redução da formação profissional, alterações no regime das plataformas digitais, o alargamento das isenções de horário,........

© Diário do Minho