Carta Póstuma a Florbela Espanca
Adelino Martins
Minha querida Florbela,
Se com teus trinta e seis anos apenas, já nos deixas tamanho legado cultural; que faria se fosses como seria normal – que bem o merecias – sem tristezas nem penas. Sou teu fã! Ainda hoje os teus poemas estão invariavelmente atualizados e nunca mortos e jamais enterrados! Foram os teus, hoje são os nossos lemas. As tuas mágoas, incertezas, teu Amor; tua glória que sempre guardámos com o teu/nosso grandioso esplendor. Estou a escrever-te esta carta com muita raiva – pela tua curta estadia que herdámos – e quero que toda a nossa gente o saiba.
No dia que seria de festejar, feliz, sem guerras e com íntimos, o teu feliz aniversário, estavam eles a carpir o teu fadário, benzendo-te o corpo para a terra o dar. Seria o destino, sei lá! sabe-o quem? No coração daquele inverno nasceste, nos corações dos poetas não morreste. Os bons poetas, esses, nunca morrem! Um apagão deixou-me à luz desta vela. Ontem passei a noite a sonhar contigo: Estavas numa das jovens mulheres mais espertas; não espancavas ninguém, eras só uma Flor Bela a declamar sonetos de sentido e rimas certas! Hoje mui te........





















Toi Staff
Sabine Sterk
Gideon Levy
Penny S. Tee
Waka Ikeda
Daniel Orenstein
John Nosta
Grant Arthur Gochin