Tomates ou ovos, o método de gestão de crise de Paulo Futre
Uma das provas de que a vida é injusta reside na falta de um quarto futebolista português com a Bola de Ouro, juntando-se aos comendadores Silva Ferreira, Figo e Aveiro. Paulo Futre ficou perto de a receber, na fase inicial da carreira, marcada pela conquista da Taça dos Clubes Campeões Europeus, mas a opção pelo cronicamente perdedor Atlético de Madrid impediu o montijense de tirar maior partido da imensidão de futebol que tinha no corpo e na mente.
Formado no Sporting, de onde rumou ao FC Porto quando, em Alvalade, não lhe quiseram reconhecer o valor no recibo de ordenado, Futre fez o pleno dos três “grandes” do futebol português no final da carreira, com uma passagem fugaz pelo Benfica, que levaria à demissão do presidente da RTP devido à utilização de dinheiros públicos para desbloquear essa transferência. Por isso, e por tudo o que procurou fazer pela seleção, numa fase em que esta era associada ao caos mexicano de Saltillo e não à geração de ouro que elevou Portugal no ranking da FIFA, acaba por ser uma das raras unanimidades por entre o clubismo extremado........
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