Março depende do cartão de eleitor jovem
Há dois anos, enquanto Rui Rio queria acreditar que iria ser primeiro-ministro e António Costa edificava, tijolo por tijolo, num desenho lógico, o que viria a ser a mais frágil maioria absoluta da nossa democracia parlamentar, as universidades assistiam a uma disputa bizarra. Habituado a gozar de posição dominante nesse meio, ao ponto de certas faculdades aparentarem ser as suas “Academias de Alcochete” - ou do Seixal, ou do Olival, em prol da isenção clubística -, o Bloco de Esquerda identificou um alvo a abater. O adversário, para recorrer ao eufemismo, era a Iniciativa Liberal, ainda que a startup partidária, alicerçada na defesa intransigente das liberdades, com a económica na vanguarda, parecesse estar tão distante quanto a Terra está de Marte.
“Por que é que os liberais te perseguem?” perguntava o panfleto que os bloquistas distribuíram para evitar que a impressionável juventude portuguesa sucumbisse ao programa do partido liderado pelo seu então deputado único, João Cotrim de Figueiredo. No grafismo, inspirado no da Iniciativa Liberal, sobressaíam várias letras “i” antropomórficas, todas com dentes de fora tirando a que fumava um cachimbo, aparente símbolo do........
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