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Subdesenvolvimento em marcha

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André Gustavo Stumpfjornalista

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Mesmo após 26 anos de negociações, os líderes europeus pediram ainda mais um mês com objetivo de discutir, entre si, as condições finais para referendar o acordo com os países do Mercosul, o famoso e discutido tratado de livre comércio que seria assinado, com grande pompa, neste final de semana, em Foz do Iguaçu. Franceses e italianos se declararam contra o tratado, enquanto a maioria dos europeus pretende assinar o documento. Os alemães querem o acordo para abrir uma janela de oportunidades comerciais para o bloco europeu constrangido pelos russos, de um lado, e pelos norte-americanos, de outro. E os chineses olhando para avançar no momento certo.

Se o tratado for assinado, serão 722 milhões de consumidores integrados em um único mercado. Os europeus terão frutas, verduras e carnes melhores e mais baratas. Deste lado do Atlântico, os produtos industriais poderão conhecer novos e maiores mercados. É positivo para os dois lados. Cria correntes de comércio, obriga a concorrência a tratar bem o consumidor e aperfeiçoa os canais de comunicação entre os dois blocos. Moderniza os dois lados. Na França e na Itália, a agricultura é fartamente subsidiada e pouco produtiva. Seus agentes temem a concorrência com soja, milho e carne produzidos na América do Sul.

Na realidade, franceses e italianos revelam antigos preconceitos. É difícil para um francês admitir........

© Correio Braziliense