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Mensagem de Ano Novo a pensar nos vimaranenses

14 10
yesterday

Cabendo-me escrever no dealbar do ano findo, e na alvorada no novo ano, proponho-me partilhar algumas reflexões que, pese embora antecipe a sua inconsequência, me parece oportuno fazer. Porque não obstante alguma desesperança para quem pretende ver o nosso futebol como algo que se cinja ao desportivismo, à competitividade, à bola a rolar no relvado, não podemos baixar os braços e desistir de fazer alguma pedagogia sobre o que ele deveria ser; até que talvez um dia o seja.

A primeira será sobre o desapontante comportamento dos agentes desportivos: sobretudo treinadores e presidentes. Sem pretender de modo algum ser indelicado com os dirigentes e treinadores desportivos de outros tempos, penso poder ser acompanhado no pensamento de que temos hoje, nos principais clubes nacionais, dirigentes e treinadores de um nível educacional e formação moral assinalavelmente superiores ao que sucedia no futebol português de há uns anos. Estamos, diria, a assemelhar-nos ao que víamos no dirigismo desportivo do resto da Europa. Mas essa circunstância, ao invés de trazer intervenções menos apaixonadas e mais objetivas, tem-nos brindado com um nível de agressividade na análise aos jogos, na promoção da contínua névoa de suspeição que, sinceramente, se em alguma coisa se distingue do que ocorria no passado, é para pior. Com ironia, um amigo disse-me que até consegue compreender que os árbitros decidam sempre a favor dos chamados grandes tal é a pressão que, durante a restante semana, toda a comunicação social faz sobre os erros que prejudiquem esses clubes. Bela reflexão.

É claro que há aqui uma participação enorme das estruturas de arbitragem. Hoje temos VAR, pelo que a disponibilidade para aceitação do erro é, compreensivelmente, menor. No entanto, têm existido erros inacreditáveis, sucessivamente validados pelo VAR, sem qualquer........

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