Alguns “sinais”
1. No meio de tantas incertezas e ameaças à democracia, começo por um sinal muito positivo: a forma como está a decorrer a transição governamental. Das declarações de Pedro Nuno Santos, na noite eleitoral e a anunciar que o PS poderia viabilizar um orçamento retificativo, à conduta de António Costa, em diversas circunstâncias e culminando com o simbólico amistoso café/encontro com Luís Montenegro em Bruxelas – tudo está a passar-se num clima de serena e sadia vivência/convivência democrática. O que creio ser muito bom para o País e a democracia, para mais num momento em que ganhou grande peso um partido que por sistema desrespeita esses e outros valores.
Assim, o novo executivo tomará posse num ambiente distendido, de “sucessão” natural, sem tensões escusadas nem dramatismo. Ao contrário do que várias vezes aconteceu, a última delas quando António Costa substituiu Passos Coelho; antes, quando António Guterres substituiu Cavaco Silva. E o desejável, para não dizer o indispensável, mormente à luz da nova composição da Assembleia da República (AR), é que tal clima se mantenha. Mais: que a relação entre os dois maiores partidos – PSD no governo, PS na oposição – seja de confronto ideológico e político, quanto a opções/decisões concretas, mas em........
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