O rebaixamento da qualidade do que é produzido hoje na TV
Em janeiro, durante as celebrações dos 25 anos da estreia de "The Sopranos" na HBO, o criador da série, David Chase, colocou água no chope de seus fãs. Segundo ele, o momento atual da indústria audiovisual não convida a festas. "Talvez devêssemos encarar como um funeral", disse.
Considerada de forma quase unânime como uma das melhores séries já feitas, "The Sopranos" foi um ponto fora da curva, um acidente, disse Chase. Segundo o seu relato ao The Times, da Inglaterra, os executivos da indústria subestimam a audiência e encomendam hoje produções cada vez mais simples.
Chase contou que chegou a ser alertado para não fazer televisão que "exija que o público se concentre". Tentando emplacar uma série sobre a vida de uma prostituta de luxo, ele foi informado de que o programa seria muito complexo para o público. "Me disseram para simplificar" ("to dumb it down", no original).
O criador de "Sopranos" não é o primeiro a ouvir a recomendação para reduzir a qualidade de algo na televisão. Longe disso. Há registros de pedidos como esse desde os primórdios da TV, inclusive no Brasil.
Sérgio Porto (Stanislaw Ponte Preta), ao relembrar os seus tempos de redator da TV Rio, na década de 1960, ao lado de Antônio Maria, contou: "O programa que........
© UOL
visit website