Grupo leva comunidade LBTQIA+ ao universo do montanhismo
Há muitos anos, lá na virada do século, escrevi uma reportagem para esta Folha sobre algo que começava a movimentar o cenário econômico nacional, mas ainda falava baixo e pedia anonimato para comentar os bons resultados, usando termos hoje banidos do glossário politicamente correto, como homossexualismo em vez de homossexualidade, e opção sexual para o que nunca foi escolha: o então chamado mercado GLS, sigla que na época designava gays, lésbicas e simpatizantes. O negócio em pauta, na ocasião, era um empreendimento turístico voltado prioritariamente para esse público que ainda não era abertamente aceito em muitos hotéis e resorts do país. Os anos e décadas passaram e a situação, se melhorou na letra da lei não mais apenas para os GLS, mas para todo o universo de gêneros contidos na sigla LGBTQIA , ainda encontra barreiras e enfrenta preconceitos que chegam a estatísticas aterrorizantes de ataques e mortes.
No mundinho do montanhismo, das trilhas e das aventuras outdoor, notoriamente conhecido por ser um ambiente predominantemente masculino —e, convenhamos, um bocado machista, e não menos homofóbico, a imagem recorrente ainda é a dos super-homens-alfa posando de peito aberto nos mais altos picos do planeta. Essa bolha só é furada com muita teimosia e dedicação.
A apuração deste texto, por exemplo, exigiu várias publicações em grupos dedicados a esses esportes,........
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