Nem monogamia nem poligamia
Segundo Espinosa, a paixão é como um corpo que adoece pela influência de outro. Se isso é verdade, a cura para essa doença tão revigorante, que acomete alguns infelizes-felizes, tem um nome: agamia.
Derivada do grego "a" (não) e "gamos" (união íntima ou casamento), a agamia, expressão desconhecida por mim até pouco tempo, propõe uma forma de relacionamento que renuncia aos modelos tradicionais e questiona a ideologia do amor-romântico. Entenda-se por modelos "gâmicos" tradicionais de hoje (vide a variação de opções nos aplicativos de relacionamentos como o Tinder e o Hinge) não apenas a monogamia, como também a poligamia, o poliamor, o relacionamento aberto, virtual, entre outros. A agamia não se define por nenhum deles.
A tese é que, longe de trazer consigo a felicidade que promete, o compromisso através do casamento ou da união estável é considerado uma das fontes das nossas misérias. A liberdade individual é defendida como um princípio fundamental para que cada um possa se relacionar da forma que desejar, sem rótulos nem amarras.
Um dos........
© UOL
visit website