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Biblioteca Municipal de Tomar: Ler é uma forma de abrandar o tempo

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23.07.2024

Uma terra com nome assim dá que pensar. Thomar, grafado à maneira dos séculos passados, hoje Tomar, parece que era o nome árabe do rio que atravessa a cidade e que se chama Nabão, outra estranha palavra aplicada a rotular uma passadeira líquida. Aceitemos que há sempre uma ponta de ordem e de mistério em tudo isto e que, por estes pormenores, é possível chegar, também, a algumas compreensões que sirvam o nosso tempo.
Luíz Maria Pedrosa dos Santos Graça, Tomar – Roteiro Sentimental

Em Tomar – Roteiro Sentimental, Luíz Maria Pedrosa dos Santos Graça guia-nos pelos monumentos e edifícios emblemáticos da cidade, desenvolvendo uma narrativa sentimental e intimista, própria de quem ama a terra onde vive. O livro não aprofunda a história de cada construção, mas sim as emoções e memórias que esses lugares evocam. Publicado originalmente em 1999, esgotou rapidamente e foi reeditado em agosto de 2014.

“Situada quase no centro geográfico do país e na metade norte do distrito de Santarém, vive a terra tomarense, uma identidade secular que desafia o transitório e vai regando a sua memória com um vagar meticuloso, como só as terras de província sabem fazer. Espaço templário que D. Dinis manteve como cabeça da Ordem de Cristo, o seu valor estratégico exprime-se nas tradições castrenses aqui firmadas e nas persistências que sempre soube manter e projectar. Esta “notável vila de Thomar” (…) foi promovida a cidade por carta régia de D. Maria II, com data de 13 de Fevereiro de 1844. (...) O núcleo urbano, bem articulado com o rural das suas freguesias, atraiu gentes e sustentou virtudes talentosas”, pode ler-se em Tomar – Roteiro Sentimental.

É difícil pensar na notável vila de Tomar sem a relacionar com os Templários. Será este tema importante para a Biblioteca Municipal? “Sem dúvida, na medida em que é bastante procurada por estudiosos e investigadores, contribuindo significativamente para a sua divulgação e mediatização”, explicou-me a bibliotecária Maria Pereira, que trabalha há 25 anos na Biblioteca Municipal de Tomar com a sua missão bem definida: “A minha principal missão é a promoção do conhecimento e do acesso à informação, além de valorizar os livros como ‘lugares’ de saber por........

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