menu_open
Columnists Actual . Favourites . Archive
We use cookies to provide some features and experiences in QOSHE

More information  .  Close
Aa Aa Aa
- A +

Portugal, São Tomé, a Rússia e o futuro

31 6
17.05.2024

O Mundo está mais competitivo e mais conflituoso. Isso é tragicamente evidente na Ucrânia, mas seria uma ilusão pensar que Portugal ficará imune ao que se passa num Mundo mais perigoso para se dedicar apenas a casas, escolas e hospitais. Estamos para já a viver um período de transição de poder que historicamente resultou sempre em: mais tensões, mais conflitos, mais guerras, em suma mais perigos para pequenas potências como Portugal. Também é verdade que a par de mais riscos podem surgir oportunidades para explorar rivalidades e obter concessões de diferentes potências. É esse o jogo que São Tomé e Príncipe decidiu jogar. Fê-lo nos últimos anos com Taiwan e a China. Fê-lo agora com a Rússia. Dizer que isso significa um falhanço de Portugal ou da CPLP é não perceber o Mundo em que estamos, o nosso real peso ou a natureza da CPLP.

O que quis Portugal com a CPLP?

A CPLP, criada em 1996, não é um novo nome para o império português. O final da Primeira Guerra Fria, em 1991, facilitou esta formalização da comunidade de cooperação lusófona. Uma Segunda Guerra Fria será um teste à sua resiliência e utilidade. Felizmente a CPLP nunca foi uma aliança militar, nem pretendeu ser um bloco exclusivo. É uma organização intergovernamental voluntária de países plenamente soberanos espalhados pelos cinco continentes. Países que, fazendo parte de diferentes regiões, naturalmente aderiram a diferentes organizações regionais económicas e de segurança. É umas das suas mais valias.

A CPLP foi o culminar do esforço de sucessivos governos de direita e esquerda do Portugal, pós-25 de abril de 1974, para normalizar e intensificar a cooperação........

© Observador


Get it on Google Play