Amante de futebol, adepta do Futebol Clube de Porto, me confesso: quero um futebol-festa, o desporto como arena da excelência e do mérito, bem no osso, mas justa e limpa. Como para qualquer simpatizante, o clube está em primeiro lugar e tudo o que faz mal ao meu FCP não pode passar.

O futebol juntou dois princípios ativos incompatíveis e que juntos provocam um terramoto: sentimentos tribais e dinheiro a rodos. É evidente que, com tal mistura explosiva, a coisa pode terminar muito mal. Sobretudo num pais de ética e de instituições frágeis como Portugal.

Nas últimas décadas, o ‘desporto-rei’ industrializou-se e, para além de perder a nota artística e alguma mística, fermentou em zonas obscuras do mundo dos........

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