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A Revolução da Direita. Medo ou esperança?

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12.01.2025

Trump, Milei e Bukele formam um triunvirato que nos pode ajudar a pensar uma mutação determinante numa visão que se pretendia hegemónica e detentora do bem supremo da civilização.

Estes nomes interessam principalmente como sintomas dessa mudança e seriam impensáveis ainda só há algumas décadas. Uma mudança política e ideológica profunda está em curso, já não se trata de acontecimentos episódicos, há uma revolução em marcha. Que revolução é essa e que características tem?

Na Ocidente, o poder hegemónico liberal e socialista sofre derrotas consecutivas. O controlo total que tinham sobre o pensamento que era único e os mecanismos de vigilância estão a ser abalados.

O projeto dos engenheiros sociais do progressismo e os seus ativismos, a própria ideologia liberal cultural e esquerdista no plano societal, a promessa de um paraíso materialista do novo liberalismo revelaram-se um conjunto de ficções geradoras de um grau de destruição de consequências ainda sobrestimadas. As pessoas estão a acordar, mas precisamente contra a brutalidade do liberalismo económico globalista e do wokismo progressista. Esta ideologia que junta a obsolescência dos objetos para o crescimento insano da produção e do consumo com a obsolescência do nosso modo de ser e estar tornou-se insuportável. As desigualdades económicas e uma prosperidade cada vez mais questionável, assim como a hipocrisia e mediocridade das elites afastaram de modo irreversível as pessoa deste sistema liberal e socialista.

A ditadura dos mercados, do globalismo económico e das elites transnacionais com o manicómio esquerdista elitista e as suas taras sobre o género, os vitimismos, o pensamento único, o politicamente correto, o ódio ao ocidente e aos valores fundamentais está em erosão. O ocidente transformou-se num problema económico sério, mas também psiquiátrico e principalmente moral e axiológico.

O que está a acontecer não é a renovada irrupção inexplicável de forças negras quando tudo corria bem nas democracias liberais. Algo aconteceu e algo de novo está a surgir e a sedimentar-se, e trata-se de um movimento de esperança.

A promessa que o sistema liberal progressista geraria uma paz universal e um progresso e felicidade crescentes revelou-se um grande embuste, apesar das melhorias notáveis proporcionadas pelo desenvolvimento tecnológico. A desregulação económica, social, axiológica e o novo totalitarismo das elites transnacionais deixou de ser inquestionado para o homem comum. Esta democracia liberal não é boa, e o amanhã não é melhor que o de hoje e assim sucessivamente, onde todos seríamos cada vez mais felizes e evoluídos. O urgente fight de Trump vence o joy narcótico Kamaliano.

A história não findou com a queda do muro de Berlim, nem o mundo se transformou num conjunto de repúblicas liberais unificadas pelo liberalismo e pelo progressismo. O modelo das grandes corporações e oligopólios globalistas e o mundo como o seu mercado, que se deve designar livre irmanados com a nova elite de esquerda e as suas taras desenraizadoras de um mundo sem sexo, sem fronteiras e sem identidades, está a colapsar.

A mitologia do novo liberalismo e do esquerdismo, o seu trabalho subtil de manipulação e........

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