Não, o nevoeiro não esconde a vergonha
Estamos para saber se o enésimo interrompimento de um jogo na Choupana por causa do nevoeiro é mais ou menos ridículo do que remarcá-lo para a mesma hora do dia 19 de Dezembro. E digo à mesma hora porque, com a entrada do horário de Inverno, as 17h00 para as quais foi agendado correspondem precisamente às 18h00 em que não foi jogado no passado domingo, o que volta a levantar a questão de podermos ter o estádio do Nacional de novo envolto numa bruma digna de uma dúzia de Sebastiões.
Esta palhaçada, que não tem outro nome, repete-se ano após ano, tendo chegado ao cúmulo de já termos visto, durante a última década, qualquer coisa como 19 jogos interrompidos ou nem sequer iniciados e sempre pelo mesmo motivo. A teimosia da Liga de Clubes em insistir no erro até à náusea demonstra como o rei vai nu e naquela casa as coisas funcionam sem rei nem roque, ao sabor da incompetência de quem lá mora. Não é preciso ser nenhum Anthímio de Azevedo, saudosa e inconfundível figura, para se prever que naquele lugar da ilha, a 600 metros de altura em relação ao nível do mar, a névoa tomba inevitável e insaciável ao fim da tarde impedindo que de uma baliza se veja a outra quando colocados no centro do terrenos, medição básica para que o futebol não possa ser jogado. Perguntará o leitor, com toda a........
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