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O Pudor e as Palavras

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18.07.2024

A perversão começa na ideia do pecado, do proibido, na vergonha daquilo que se pensa que é anti-natural e que, por isso, é preciso esconder, é preciso fingir, é preciso, até, se for preciso, mentir! Falta aqui a opinião pedagógica, científica, de Júlio Machado Vaz. O Sociólogo regista as interacções sociais, nas suas diversas conexões, e anota os medos, as fobias, os mitos e “anomalias” da Sociedade, para encontrar padrões sociais que se aproximam ou afastam da média. É estranho que no meio de tantas pessoas que no Governo ou fora dele assumiram, voluntariamente, aspectos da sua vida privada, sem que ninguém lhes tenha pedido, tenham aceite, tacitamente, o compromisso de nunca referirem, publicamente, o número exacto dos membros de um Governo do passado. Assim, toda a imprensa alinhou neste “pudor” colectivo, ou seja, todos mentem, em nome da “decência” da linguagem, e todos dizem que são 70 membros. A questão é que o 1º Ministro não entra na conta dos ministros. Ao todo são dezanove mais 50 Secretários de Estado. Este “tabu” do Governo remete-nos para a Etnoantropologia e recorda-nos que nos “ritos da caça” que certos autóctones de povos Africanos, com cultural oral, que odiavam e repudiavam o incesto, practicavam-no nos “ritos da caça” para dar sorte…!

Só não percebemos é por que razão o Sociólogo de serviço no Governo não aconselhou o 1º Ministro a nomear mais um Secretário de Estado e tudo estaria bem…?! É que quando se omite ou evita qualquer (expressão) vocábulo da nossa língua, por poder ter uma segunda intenção, ou interpretação, das duas uma ou se está de “má-fé”, e dentro da........

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