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“Vinde, ó Santo Espírito...”

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13.05.2024


“Vinde, ó Santo Espírito, vinde, Amor ardente, acendei na terra vossa luz fulgente”. Assim começa a Sequência1 da festa que, no próximo Domingo se celebra, o Pentecostes. A versão portuguesa é uma tradução livre do texto latino Veni, Sancte Spiritus2.

A Sequência é um cântico do próprio da missa, na liturgia da Igreja Católica. No gregoriano, com texto de autor3, apareceu por meados do século IX, desenvolvendo melodias já existentes. Ao contrário dos cânticos aleluiáticos, que se servem de melismas4, a Sequência usa uma nota para cada sílaba e os seus textos utilizam rimas.

A sua origem prende-se com o costume medieval de acrescentar à vogal final do Aleluia uma série de notas que se desdobravam num longo vocalizo, conhecido como “jubilus do Aleluia” ou “sequência” (continuação). Por isso, segui-a o Aleluia, como seu prolongamento, mas, na reforma litúrgica de 1970, foi colocado antes5 e conservaram-se como obrigatórias apenas a da Páscoa e a do Pentecostes.

Se a origem dos textos das Sequências parece estar na poesia latina e nos hinos paleocristãos, a sua forma só foi fixada no século X por Notker, o Gago (840?-912), da abadia de Saint-Gall (Suiça), que a popularizou. Na Idade Média, este género tornou-se muito........

© Diário do Minho


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