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Os riscos geopolíticos do Trump 2.0

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20.01.2025

Daniel A. de Azevedo — Professor de geografia política da Universidade de Brasília (UnB)

No dia 06 de novembro, no Podcast do Correio, conversamos sobre a eleição do Trump, razões do voto e suas possíveis consequências para o contexto latino-americano. Na ocasião, sugeri que esse mandato seria diferente do anterior, já que a sua mais recente vitória havia sido acachapante tanto em número total de votos (o que não havia acontecido em 2016) quanto na conquista do Legislativo pelo Partido Republicano. Seria um Trump 2.0. E o presidente eleito deixou isso claro. No mesmo dia do podcast, o vencedor das eleições, em discurso, afirmou que "a América nos deu um mandato poderoso e sem precedentes".

E essa nova versão turbinada de Trump pode significar uma guinada na sua tentativa de "Make America great again" (slogan que, em português, significa "Fazer os EUA grande outra vez"). Em seu primeiro mandato, esse bordão já teve repercussão na prática, com a transformação do bloco econômico Nafta em USMCA (acordo de livre-comércio entre México, Estados Unidos e Canadá), a retirada do país de tratados internacionais (como o Acordo de Paris) e a fatídica construção do muro na sua fronteira com o México. Porém, parece ter ficado para esse mandato os........

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