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EUA e a caquistocracia

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31.01.2025

José Horta Manzano — Empresário

Corria a última década do século passado quando a palavra internet começou a circular. Ela já existia antes, mas só circulava entre peritos e iniciados. Naquela época, corria a voz de que logo logo essa tal de internet seria introduzida na firma em que eu trabalhava. A curiosidade levou-me a procurar informações junto a um colega mais enfronhado.

Por meio de esquemas e desenhos rabiscados num canto da mesa, o rapaz me explicou que internet representava o futuro da telecomunicação. Permitia que qualquer um, da comodidade de seu escritório, se comunicasse com qualquer pessoa ao redor do globo, instantaneamente, sem custo. Perguntei quem era o dono dessa maravilha. Quem se maravilhou com a resposta fui eu: a invenção não tinha dono. Como assim, não tem dono? Confesso que não entendi bem como uma estrutura gigantesca poderia vir a existir e funcionar sem dono.

Os anos passaram, e a internet se tornou a companheira inseparável de parte considerável da humanidade. Hoje em dia, sem internet, nada mais funciona. Nem trem, nem avião, nem hospital, nem firma, nem telefone. Nada mesmo.

Surgiram as redes sociais — que, às vezes, dá vontade de chamar de "redes associais". Foram chegando de mansinho, infiltraram-se entre jovens e maduros, entre........

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