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A vida numa conversa

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16.01.2025

André Gustavo Stumpf — Jornalista

Quarenta anos passaram muito rapidamente e, neste período, o país mudou bastante. Na época, não havia internet nem telefone celular. Os jornalistas eram obrigados a conversar pessoalmente com suas fontes, frequentar almoços, jantares e, não raro, café da manhã para saber das novidades, que ocorriam com velocidade alucinante. O regime militar estava desmoronando, com inflação elevadíssima, o presidente João Figueiredo fora de combate, depois que operou o coração, e o poder estava nas mãos do chefe da Casa Civil, Leitão de Abreu. O equilíbrio político era muito precário.

A política estava nas ruas desde 1984, quando a campanha em favor das eleições Diretas Já incendiou o país. A emenda do deputado Dante de Oliveira pretendia que as eleições para presidente da República fossem realizadas, de maneira direta, naquele ano. O Congresso não aprovou a medida. Mas a mobilização continuou em todo o país. A resposta do governo foi convocar o Colégio Eleitoral, que era constituído por membros do Congresso Nacional mais representantes dos estados. Foi a maneira imaginada para controlar a eleição. Não deu certo.

O Partido Democrático Social (PDS), sucessor da antiga Arena, realizou uma eleição primária para escolher seu candidato à Presidência da República nas eleições de 1985.........

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