A conquista de Ainda estou aqui
Na décima primeira semana de exibição no Brasil, Ainda estou aqui está em cartaz em 500 salas e foi visto por quase 3,5 milhões de espectadores. Trata-se de um raro caso recente de sucesso de crítica e de público. O filme de Walter Salles inicia a carreira comercial no exterior também com números impressionantes. Ocupa, desde a última quarta-feira, 180 cinemas da França. Nos Estados Unidos, o feito é igualmente superlativo. Depois de estrear ontem em Nova York e Los Angeles, o longa-metragem deve ser exibido em mais de 400 cinemas até o início de fevereiro — circuito que pode ser ampliado em caso de indicações ao Oscar. Mas, e se o filme ficar de fora da disputa da estatueta que representa o prêmio máximo da indústria, será uma derrota para o cinema nacional? De forma alguma.
O êxito que a obra estrelada por Fernanda Torres tem obtido traz ganhos diretos e indiretos. Um deles é o de reacender o interesse pela produção audiovisual brasileira. Vale lembrar que o cinema nacional já obteve premiações expressivas, como a Palma de Ouro do Festival de Cannes atribuída em 1962 a O pagador de promessas, de........
© Correio Braziliense
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